COMO ABUTRES.
Como abutres em cima da carniça,
A solidão vagueia sobre minha sina.
Os vermes destroem a massa cinzenta
Na esperança
de destruírem meus ideais,
Meus mais profundos sentimentos!
Como névoa densa,
um nevoeiro lúgubre
Disfarça a insensatez
dos sentimentos mórbidos,
Que nos acercam
e cercam nossas esperanças!
Carniças
que assombram a linha tênue
Da frágil natureza humana
Assolam os bordeis
de uma existência tão negada,
Inoculando parasita a qualquer ser,
Que vague num espaço tão curto,
Pra uma espera tão longa!
Aparte de vós,
qualquer esperança de liberdade!
Jamais seremos livres,
nem depois da morte!
O espaço que lhe cabe,
É o espaço
ao teu latifúndio corpóreo!
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