BOCAS.

Perco-me nos labirintos delirantes, Onde se escondem exigências femininas. Asilo meus infindáveis propósitos de sonhador, Aos teus domínios que já foram conquistados. Cavo minha sepultura em suas entranhas. Busco meu destino em lábios candente e executores. São bocas doces e venenosas, seladoras de arsênico Com sabor da fruta selvagem no cio. Há em cada uma delas o calor perfeito para aumentar a minha sede. Há em cada beijo a porção certa para matar-me, sem ceifar os desejos que há em suas pretensões labiais. Bocas maliciosas que me diziam coisas, que aqueciam as coisas, e depois se esquecia. Bocas que me calavam, abafando os meus gemidos que nem se quer vinham dela, e sim da minha destinada, cativada e tão acorrentad’alma. Foram tantas e variadas bocas, que jamais me esquecerei o sabor das frutas existente no paraíso labioso das inesquecíveis mulheres que alegraram e entristeceram minha vida. Bocas de diferentes tamanhos e sabores, que até hoje, me lembro de cada uma delas. Umas me diziam sim. Outras diziam não. Bocas que se umedeciam ao bel-prazer, permitindo tudo que as bocas desejassem. Bocas que ainda me fazem silenciar. Não por prazer ou por temê-las, Mas... por respeito. Pois as mesmas que um dia me pediram e me deram tanto, agora só pedem silêncio. Silêncio e veneração aos nossos muitos segredos. B. A. VILLA

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