CHAMBRE DE SEDA.

Aquele chambre de seda fina Esquecido num canto qualquer. Talvez por não precisar dele É que se encontre tão silencioso. Brisa mansa adentra seu quarto, Cobre o leito, Envolvendo seu corpo nu, Mergulhando-o, Ao mais completo Abandono sentimental. Seu rosto meigo sente a leve brisa. Seus lábios se abrem num sorriso Calmo, de enigmática satisfação. Sentes o contato térmico Que a brisa fria Provoca ao invadir seu corpo, Sua nudez pálida. Tu sentes A aura se tornar vento frio e forte, Seu corpo tremer Pelo gelar de a nudez Abandonada à cama qualquer, Onde se vê O chambre de seda fina, frio, Quieto, Igual a quando Esquecestes de mim.

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