CASTIGO.

Coração árido, que as lagrimas já secou há muito. O sangue que bombeava tuas veias virou pó, que foi espalhado n’alma, cobrindo um possível vôo para infinito. Todos os sentimentos se tornam sobejos que foram levadas pelo vento que soprou de as nossas vidas a possibilidade de sermos felizes. Nada restou. Nem um grão no solitário deserto de as nossas inexistentes almas. Se um dia houve tronco, galhos e folhas, frutos se perderam sem elas em um pomar que se deixou tomar por ervas daninha, alimentadas pelo pólen que foi espalhado por nossas tantas desilusões. Do que nos restou, ainda vaga pela penumbra dos pensamentos, que insiste em não se perderem como folhas a serem levadas pelos nossos vendavais. Como castigo de uma sentença falha, eles ainda nos lembram da nossa infindável sina antes da fria eternidade. B. A. VILLA.

Comentários

Postagens mais visitadas