AOS TEUS PÉS.
Tu eras tão linda como o crepúsculo dos meus delírios.
Tu tiveste de mim todos os desejos mundanos.
Manuseastes-me como a um jornal velho, que lido e relido
Finalmente desbotou e fora esquecido num canto escuro qualquer
Do teu coração.
Amei-a, como quem ama com um único sentindo da vida
Que realmente importa. Que é a entrega total.
Tu és o ar que eu já não respiro, mas, que ainda me sufoca.
Antes de ti eu era alguém. Depois de ti já nem sei quem sou.
Como seria bom se houvesse uma estaca a ser cravada no coração
Dos sedentos de amor.
Conservas-me como reserva sentimental, somente aos teus caprichos
E fatais cobiças.
Voraz me tem sem perceber que estás me destruindo,
Por não compartilharmos dos mesmos propósitos.
Pois, usas-me sem permitires que de minha garganta saiam os roucos gemidos,
Que fazem com que minha respiração seja cortada pelos embargos do palpitante
Coração, que lança com força total o sangue nas minhas veias.
Mas, somente tu te deleitas. Sou teu servo obediente. E como tal, não posso ter prazer
Por ser destinado apenas em servi-la.
Vossa senhoria não permitiria jamais que este submisso teu, tenha direito a participar
dos teus delírios. Qual ingrata vós sois minha eterna dominadora e adorável senhora!
B. A. VILLA. ESSA VAI.
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