CRIATURA.
Oh! Amada criatura!
Que vagueias entre as sombras dos meus pensamentos,
aquece a taça, que embala o vinho,
que embriagará a minha mente e aquecerá minh’alma.
Ó, delicado vulto! Caminhas leve como a brisa mansa!
Vagas entre tantos delírios de uma insana mente,
que deriva os fatos de um poema simples.
Oh, mãos longas e delicadas, acaricias como um sonho!
Com a suavidade do respirar dos anjos.
Contornas as curvas de um corpo rígido tentando manusear
os pensamentos que turvados são por tantas cortinas
que escurecem e encerram os capítulos de tantas histórias inacabadas.
Oh, nefasto pensamento, afasta-te de mim!
Não contamines o que de mais puro há, num mar de impurezas!
Não tentes invadir o que demais secreto existe em meu íntimo ser!
Oh, bela, minha adorada criatura!
Transformei-a, em algo tão incompreensível, tão degradante!
Que deixas de vagar entre os mais inocentes sonhos,
para vagares perdida, nos mais cruéis pesadelos!
Comentários
Postar um comentário