A CORÇA.

A corça que agonizava fitando o azul do céu! Pobre corça! Pobre caçador! Destes o tiro à divina vida, cortastes o trajeto de tantos sonhos, de tantas caminhadas pelos verdes bosques da nossa imaginação! Tantas esperanças verdes cresciam no pequeno coração, da pequena corça! Oh! Inocente corça, que bebias num regato manso! Cruéis passos que perseguiam a inocência e a pureza da corça que refrescava o manso regaço! A corça pura, que saltitante caminhava, trilhando a estreita trilha e observando o céu azul! Pobre corça! Que da selvagem vida passastes à liberdade, intocável, inameaçada, livre! Livre como deve ser o ser selvagem, o ser humano, por mais selvagem que seja! Pobre caçador! Que do tiro tirastes à vida, que daria vida a sua vida! E no regato manso, uma sombra absolve o líquido, que nós os selvagens caçadores, daremos o tiro final!!!

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