ANJO NEGRO.
Tira-me a alma que a este corpo conduz!
Alicias-me em dúbios desejos carnais!
Anjo Negro,
tu te apropriaste dos sentimentos
Desatentos as tuas cobiças e determinações.
Ah! Excruciante aniquiladora.
Tu te vagas nas emoções puras e sinceras.
Usas do teu corpo
para dominares minh’alma.
Fazes dos teus atributos uma maquina
De torturas medievais.
Ah, caçadora de mim!
Aprisionas-me a um labirinto de desejos
E confusos personificados êxtases
Que acabam sem jamais terem começado.
Ah! Criadora de ilusões alucinantes.
Tu és tão convincente que há momentos
Que deixo de crer na realidade,
Para crer naquilo que criastes apenas
Para servir e mantê-la incólume.
Tu abres de ti as portas do inferno,
Disfarçando-o em meu paraíso.
Mostras- me as tuas partes caseiras
Como se fosse à fonte infindável
Dos místicos prazeres que só a mente
De uma mulher tão cruel pode criar.
Dominadora tenha compaixão de mim!
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