AINDA SINTO.

Ainda sinto seu perfume, Toco seu corpo, Ouço sua voz murmurando Palavras desconexas, Perdidas em meus pensamentos. Ainda sinto o arfar dos seus seios, Escuto a respiração Que vem dos seus lábios colados Aos meus ouvidos. Ainda ouço e compartilho Dos teus suspiros roucos, Das suas frases enlouquecidas. Ainda escuto e sinto os teus gemidos, Abafados, Por colar sua boca no meu peito. Ainda sinto o apertar das suas coxas Em meu quadril, Como se quisesse paralisar-me Para que eu pudesse sentir o prazer Que fulgurava su’alma, E estremecia seu ser. Ainda ouço e sinto O bater do seu coração, Após tantos gemidos, Estremecimentos E palavra perdidas Que ambos proferíamos. Ainda sinto que te sinto muito. B. A. VILLA.

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